III Atlas das Aves Nidificantes de Portugal
Metodologia
Recolha de dados
Os registos usados para mapear a distribuição e abundância das espécies foram obtidos no período que decorreu entre 2015 e 2021. Os dados tiveram várias origens: visitas sistemáticas realizadas seguindo um protocolo específico, que providenciam informação para cálculo da abundância relativa; registos não-sistemáticos resultantes de observações com código de nidificação associado; censos dirigidos.
Registo de evidências de nidificação (código de nidificação)
Durante as visitas foram anotados todos os comportamentos que indicassem evidências de nidificação, usando para isso os códigos da Tabela seguinte. Note-se que aquando das visitas sistemáticas não foi despendido demasiado tempo a tentar confirmar a nidificação, tendo sido usados os registos não sistemáticos para confirmar a nidificação das espécies. Foi retido o código de nidificação mais elevado para cada espécie por quadrícula.
Tabela com os códigos de nidificação
Não nidifica |
|
A. Nidificação Possível |
|
B. Nidificação Provável |
|
C. Nidificação Confirmada |
|
Visitas sistemáticas
O protocolo utilizado nas visitas sistemáticas consistiu na amostragem de seis tétradas (quadrículas de 2x2 km) dentro de cada quadrícula de 10x10 km.
Figura com o exemplo das tétradas por quadrícula
E |
J |
P |
U |
Z |
D |
I |
N |
T |
Y |
C |
H |
M |
S |
X |
B |
G |
L |
R |
W |
A |
F |
K |
Q |
V |
Em cada tétrada foi realizado um percurso a pé, com a duração de 30 minutos, onde se tentaram amostrar os habitats mais representativos. Durante esse período foram contados todos os indivíduos observados visual e auditivamente, e registado o código de nidificação mais elevado para cada espécie. Recomendou-se que, em cada período de censo, as seis tétradas fossem visitadas no mesmo dia. No entanto, caso isso não fosse possível, deu-se a possibilidade de as visitar em qualquer outra altura, desde que dentro do calendário de censo definido (ver abaixo). Foi aconselhado que as visitas fossem realizadas em dias com condições meteorológicas favoráveis à deteção da maioria das espécies, evitando vento forte, chuva, temperaturas elevadas, etc. Nas nossas latitudes, isso geralmente implica que os censos se realizem, no período da manhã, até ao máximo de 4 horas após o nascer do sol e, à tarde, nas 3 horas antes do pôr-do-sol.
No decorrer das visitas, foi recomendado efetuar paragens no período de contagem, i) devido a condições meteorológicas adversas, ii) para procurar uma ave para correta identificação, ou iii) para contar uma colónia. Quando na tétrada existia, por exemplo, uma barragem com elevada concentração de aves, a contagem do tempo devia ser interrompida, para, com uma observação rápida, identificar as espécies presentes e estimar o número de indivíduos respetivo. Recomendou-se que este procedimento fosse expedito, pois o objetivo não era realizar contagens absolutas. Alertou-se ainda para a necessidade de, após uma paragem, retomar sempre a contagem do tempo antes de voltar ao percurso.
Pretendia-se que cada quadrícula do território nacional fosse alvo de uma ou, idealmente, duas visitas sistemáticas, com um intervalo mínimo de 30 dias entre si. A primeira visita, no arquipélago da Madeira e no continente a sul do rio Douro, decorreu entre 15 de março e 30 de abril, e a segunda entre 1 de maio e 30 junho. No arquipélago dos Açores e a norte do rio Douro os períodos de amostragem decorreram, respetivamente, entre 30 de março e 15 de maio, e 16 de maio e 15 de julho. Quando se revelou impossível fazer duas amostragens, foram aceites visitas sistemáticas únicas, desde que realizadas após 15 de abril (exceção para os territórios de altitude superior a 1 000 m onde o limiar foi definido para 1 de maio).
Registos não sistemáticos
Estes registos são fundamentais para completar a distribuição das espécies e, em muitos casos, para a confirmação da sua nidificação. Reconhecendo a importância desta fonte de informação, foi solicitado a todos os observadores ativos que prestassem especial atenção ao comportamento das aves e registassem as evidências de nidificação observadas.
Adicionalmente, identificou-se um conjunto de espécies para as quais se pediu um esforço acrescido na sua deteção. Estas espécies foram selecionadas por cumprirem uma ou várias das seguintes condições: (1) baixa probabilidade de deteção nas visitas sistemáticas, (2) distribuição conhecida, mas muito provavelmente incompleta (3) necessidade de confirmar tendências de expansão/retração da sua área de distribuição face ao atlas anterior, (4) necessidade de confirmar a regularidade de nidificação.
Tabela com as espécies para as quais se solicitou um esforço adicional para a sua deteção
Espécies |
|
---|---|
Pato-de-bico-vermelho Netta rufina |
Chapim-de-mascarilha Remiz pendulinus |
Zarro-comum Aythya ferina |
Galhandrinha-galucha Calandrella brachydactyla |
Pêrra Aythya nyroca |
Cigarrinha-ruiva Locustella luscinioides |
Pato-colhereiro Spatula clypeata |
Felosa-pálida Iduna opaca |
Frisada Mareca strepera |
Felosinha-comum Phylloscopus collybita |
Seixa Columba oenas |
Felosa-de-papo-branco Phylloscopus bonelli |
Andorinhão-cafre Apus caffer |
Toutinegra-das-figueiras Sylvia borin |
Andorinhão-pálido Apus pallidus |
Toutinegra-real Curruca hortensis |
Frango-de-água Rallus aquaticus |
Toutinegra-tomilheira Curruca conspicillata |
Camão Porphyrio porphyrio |
Tordo-pinto Turdus philomelos |
Abetouro Botaurus stellaris |
Pisco-de-peito-azul Luscinia svecica |
Garçote Ixobrychus minutus |
Solitário Cercotrichas galactotes |
Alcaravão Burhinus oedicnemus |
Rabirruivo-de-testa-branca Phoenicurus phoenicurus |
Abibe Vanellus vanellus |
Cartaxo-nortenho Saxicola rubetra |
Narceja-comum Gallinago gallinago |
Chasco-preto Oenanthe leucura |
Perna-vermelha-comum Tringa totanus |
Chasco-ruivo Oenanthe hispanica |
Gaivota-d’asa-escura Larus fuscus |
Melro-azul Monticola saxatilis |
Gaivina-dos-pauis Chlidonias hybrida |
Taralhão-cinzento Muscicapa striata |
Garajau- comum Sterna hirundo |
Melro-d’água Cinclus cinclus |
Bútio-vespeiro Pernis apivorus |
Petinha-das-árvores Anthus trivialis |
Tartaranhão-cinzento Circus cyaneus |
Petinha-ribeirinha Anthus spinoletta |
Gavião Accipiter nisus |
Lugre Spinus spinus |
Açor Accipiter gentilis |
Cruza-bico Loxia curvirrostra |
Torcicolo Jynx torquilla |
Dom-fafe Pyrrhula pyrrhula |
Picapau-galego Dryobates minor |
Bico-grossudo Coccothraustes coccothraustes |
Ógea Falco subbuteo |
Escrevedeira-amarela Emberiza citrinella |
Picanço-de-dorso-ruivo Lanius collurio |
Sombria Emberiza hortulana |
Chapim-carvoeiro Periparus ater |
Escrevedeira-dos-caniços Emberiza schoeniclus |
A obtenção de registos de aves noturnas (mochos e corujas, noitibós e algumas aves marinhas) necessitou de esforços adicionais de prospeção, devido à baixa probabilidade de deteção durante o horário padrão de amostragem sistemática. No caso das aves de rapina noturnas e noitibós foram implementadas as seguintes metodologias adicionais e complementares:
- visitas ao anoitecer, entre dezembro e junho, realizando cinco pontos de escuta de 10 minutos distanciados pelo menos 1,5 km. Foi recomendada a aplicação da metodologia do projeto NOCTUA (consultar os detalhes deste projeto aqui: www.spea.pt/censos/noctua-portugal-monitorizacao-de-aves-noturnas);
- visitas ao anoitecer realizando cinco pontos de escuta com recurso a emissão de playbacks (download do protocolo de emissão de playbacks e das vocalizações a usar aqui: www.spea.pt/censos/iii-atlas-aves-nidificantes).
Censos dirigidos
Durante o período dos trabalhos de campo do atlas foram realizados censos dirigidos a algumas espécies (ver tabela), organizados por diversas entidades. A incorporação desses dados no atlas permitiu um maior conhecimento do tamanho real da população nidificante dessas espécies. Esses dados assumem ainda uma importância fundamental para a avaliação da categoria de ameaça, tendo sido abrangidas várias espécies ameaçadas.
O caso do arquipélago da Madeira
No caso particular do arquipélago da Madeira, decidiu-se incorporar neste atlas os dados do Atlas das Aves Nidificantes no Arquipélago da Madeira, com dados recolhidos entre 2008 e 2013, contribuindo para a qualidade e robustez dados da maioria das espécies para aquela região. A única exceção diz respeito ao roque-de-castro (Hydrobates castro), que por uma razão desconhecida não fazia parte da base de dados disponibilizada relativa a esse Atlas. O Atlas das Aves Nidificantes no Arquipélago da Madeira encontra-se disponível no seguinte website:
Tabela com os censos dirigidos
Espécies |
|
---|---|
Tadorna Tadorna tadorna |
Garça-branca-pequena Egretta garzetta |
Pato-de-bico-vermelho Netta rufina* |
Galheta Gulosus aristotelis |
Zarro-comum Aythya ferina* |
Corvo-marinho Phalacrocorax carbo |
Pato-colhereiro Spatula clypeata* |
Alfaiate Recurvirostra avosetta* |
Pombo-da-Madeira Columba trocaz* |
Narceja-comum Gallinago gallinago |
Cortiçol-de-barriga-preta Pterocles orientalis |
Perdiz-do-mar Glareola pratincola* |
Ganga Pterocles alchata |
Gaivota-de-audouinii Larus audouinii |
Camão Porphyrio porphyrio* |
Gaivota de-patas-amarelas Larus michahellis |
Sisão Tetrax tetrax |
Chilreta Sternula albifrons |
Abetarda Otis tarda |
Tagaz Gelochelidon nilotica* |
Calca-mar Pelagodroma marina |
Gaivina-dos-pauis Chlidonias hybrida* |
Roque-de-castro Hydrobates castro* |
Garajau-rosado Sterna dougallii |
Painho-de-monteiro Hydrobates monteiroi |
Garajau-comum Sterna hirundo |
Freira-do-bugio Pterodroma deserta |
Airo Uria aalge |
Freira-da-madeira Pterodroma madeira |
Britango Neophron percnopterus |
Cagarra Calonectris borealis |
Grifo-comum Gyps fulvus |
Fura-bucho-do-atlântico Puffinus puffinus* |
Águia-imperial Aquila adalberti |
Pintainho Puffinus lherminieri* |
Águia-real Aquila chrysaetos |
Alma-negra Bulweria bulwerii* |
Águia-perdigueira Aquila fasciata |
Cegonha-negra Ciconia nigra* |
Águia-sapeira Circus aeruginosus* |
Colhereiro Platalea leucorodia |
Milhafre-real Milvus milvus |
Íbis-preta Plegadis falcinellus |
Rolieiro Coracias garrulus |
Goraz Nycticorax nycticorax |
Francelho Falco naumanni |
Papa-ratos Ardeola ralloides |
Gralha-de-bico-vermelho Pyrrhocorax pyrrhocorax |
Carraceiro Bubulcus ibis |
Calhandrinha-das-marismas Calandrella rufescens |
Garça-real Ardea cinerea |
Chasco-preto Oenanthe leucura |
Garça-Vermelha Ardea purpurea |
Priolo Pyrrhula murina |
Garça-branca-grande Ardea alba |
Submissão de registos online
Face à implantação que a plataforma online de registo de observações PortugalAves/eBird tem na comunidade ornitológica nacional, decidiu-se usar este recurso para a submissão e armazenamento de todos os registos para o atlas. Neste sentido, foi disponibilizado nessa plataforma, no separador onde se identifica o local das observações, um menu para selecionar qualquer tétrada do território nacional e criado um protocolo Atlas das Aves Nidificantes, específico para submissão de registos sistemáticos deste Atlas. Todos os registos inseridos fora deste protocolo foram considerados não-sistemáticos, e incorporados nos mapas produzidos, desde que as observações tivessem código de nidificação e fosse possível associar o registo à tétrada ou quadrícula.
As funcionalidades, e recursos, disponíveis na plataforma PortugalAves/eBird, em particular a rede de revisores regionais, permitiram efetuar uma primeira validação dos registos do atlas aí carregados. Apesar disso, houve a necessidade de proceder a um pré-tratamento dos dados antes da produção de mapas, nomeadamente no que diz respeito aos registos não-sistemáticos. Sobre estes foram tomadas as seguintes decisões:
- incorporar as observações passíveis de serem associadas a uma quadrícula: observações pontuais, casuais e percursos (desde que a distância do ponto de observação ao centro da quadrícula fosse inferior a 5 km);
- incorporar as listas submetidas no protocolo Atlas das Aves Nidificantes que correspondiam a observações não-sistemáticas;
- excluir os registos com código de nidificação aplicado de forma incorreta.
Produção de mapas
A quadrícula de referência utilizada para o atlas foi a 10x10 km ETRS89 / LAEA Europe, seguindo as diretivas da Agência Europeia do Ambiente e em concordância com a opção tomada para o EBBA2 – Second European Breeding Bird Atlas. Esta foi uma alteração face à quadrícula usada no II Atlas das Aves Nidificantes de Portugal (quadrícula UTM), o que implicou ajustes aos dados anteriores para que fosse possível fazer uma comparação entre atlas.
No âmbito deste atlas foram produzidos três tipos de mapas: (1) mapas de distribuição com categoria de nidificação Possível, Provável ou Confirmada, (2) mapas de abundância e (3) mapas de comparação com o II atlas.
Os mapas de distribuição foram produzidos com a informação resultante das observações com código de nidificação, independentemente de serem registos sistemáticos, não-sistemáticos ou obtidos em censos dirigidos. Por quadrícula foi considerado o código de nidificação mais elevado, para cada espécie, no período 2015-2021.
Sempre que possível, produziram-se mapas de abundância relativa para cada espécie. Os registos sistemáticos foram a base destes mapas, visto serem padronizados e permitirem a comparação entre quadrículas para a mesma espécie. A abundância relativa é representada numa escala qualitativa referente à probabilidade de a espécie ser observada em determinada quadrícula, baseada no número de tétradas em que a espécie foi registada face ao total de tétradas amostradas. No entanto, nem sempre houve dados suficientes para representar a abundância de algumas espécies, razão pela qual nem todas têm estes mapas. Por outro lado, para algumas espécies, alvo de censos dirigidos, foi possível realizar mapas de abundância com base no número de efetivos. Essas espécies foram: tadorna, sisão, colhereiro, íbis-preta, garça-vermelha, garça-real, carraceiro, garça-branca-pequena, garça-branca-grande, goraz, galheta, corvo-marinho, gaivota-d’asa-escura, gaivota-de-patas-amarelas, garajau-rosado, garajau-comum, grifo, rolieiro, francelho e priolo.
Para a comparação entre atlas, foi necessário transpor os dados originais para a quadrícula atual, utilizando para isso o centroide da quadrícula UTM. Este ajuste permitiu a sobreposição entre os dois atlas, sendo possível ter a perceção à escala nacional das diferenças na distribuição de cada espécie. A transposição dos dados antigos criou, para algumas espécies, diferenças pontuais ao nível da quadrícula, o que é um artifício da diferença de projeção e pode não corresponder realmente a uma ausência ou nova presença. Nestes casos, e sempre que essas diferenças se observaram no interior da área de distribuição continua da espécie, assumiu-se que não eram verdadeiras ausências e homogeneizou-se a distribuição (Figura 1 e 1a).

Conceitos, taxonomia e nomenclatura
O total das espécies registadas durante o projeto foi separado em espécies “nativas” e “não-nativas”. Foram consideradas como nativas todas aquelas espécies que ocorrem naturalmente no território nacional ou que aí apresentam populações autossustentadas desde tempos históricos. Foram consideradas não-nativas todas as espécies que foram introduzidas voluntária ou involuntariamente por ação humana.
Por outro lado, foram consideradas como nidificantes todas as espécies de aves para as quais:
- foi confirmada a nidificação durante o período de trabalho de campo em pelo menos dois anos diferentes, no caso de espécies nativas, ou em duas quadrículas diferentes no caso de espécies não-nativas;
- se sabe terem nidificado no passado e para as quais foi obtido pelo menos um registo de nidificação possível ou provável.
No que diz respeito à taxonomia, foram seguidas as recomendações da BirdLife International (HBW and BirdLife International 2022 http://datazone.birdlife.org/species/taxonomy), tendo sido abandonada a classificação adotada no atlas anterior. Esta opção traduz-se na prática numa série de alterações, que resultaram quer no desaparecimento de ordens anteriormente utilizadas, quer em transferências de espécies para ordens novas que não constavam no anterior atlas. Essas mudanças também se refletem na sequência pela qual as ordens são apresentadas e, por vezes, em rearranjos ao nível da sequência pela qual as famílias surgem dentro de cada ordem. Em termos da composição das ordens, as principais alterações são as seguintes:
- os andorinhões anteriormente colocados numa ordem própria (Apodiformes) passaram a estar incluídos na ordem Caprimulgiformes;
- a abetarda (Otis tarda) e o sisão (Tetrax tetrax) que estavam na ordem Gruiformes passaram a estar numa ordem própria denominada Otidiformes;
- as íbis, os colhereiros e as garças deixaram de pertencer à ordem Ciconiiformes e passaram a fazer parte da ordem Pelecaniformes;
- os corvos-marinhos que estavam na ordem Pelecaniformes passaram a estar incluídos na ordem Suliformes;
- a poupa (Upupa epops) que estava na ordem Coraciiformes passa a estar incluída na ordem Bucerotiformes.
No quadro abaixo apresenta-se a sequência pela qual as ordens foram apresentadas no atlas anterior e a sequência pela qual as ordens são apresentadas no atlas atual (incluindo as novas ordens).
Ordens e sequência utilizadas no II atlas |
Ordens e sequência utilizadas no III atlas |
---|---|
Anseriformes |
Galliformes |
Galliformes |
Anseriformes |
Podicipediformes |
Podicipediformes |
Procellariiformes |
Phoenicopteriformes |
Pelecaniformes |
Columbiformes |
Ciconiiformes |
Pteroclidiformes |
Accipitriformes |
Caprimulgiformes |
Falconiformes |
Cuculiformes |
Gruiformes |
Gruiformes |
Charadriiformes |
Otidiformes |
Pteroclidiformes |
Procellariiformes |
Columbiformes |
Ciconiiformes |
Cuculiformes |
Pelecaniformes |
Psittaciformes |
Suliformes |
Strigiformes |
Charadriiformes |
Caprimulgiformes |
Strigiformes |
Apodiformes |
Accipitriformes |
Coraciiformes |
Bucerotiformes |
Piciformes |
Coraciiformes |
Passeriformes |
Piciformes |
Falconiformes |
|
Psittaciformes |
|
Passeriformes |
As mudanças abrangeram também a nomenclatura das espécies, não só porque houve subespécies que foram promovidas ao estatuto de espécies, como também se verificou uma grande quantidade de acertos na terminologia. No total essas mudanças tiveram impacto em 31 espécies (ver quadro abaixo).
Nomenclatura usada no II atlas |
Nomenclatura usada no III atlas |
---|---|
Frisada Anas strepera |
Mareca strepera |
Marreco Anas querquedula |
Spatula querquedula |
Pato-colhereiro Anas clypeata |
Spatula clypeata |
Freira-do-bugio Pterodroma feae |
Pterodroma deserta |
Cagarra Calonectris diomedea |
Calonectris borealis |
Roque-de-castro Oceanodroma castro |
Hydrobates castro |
Galheta Phalacrocorax aristotelis |
Gulosus aristotelis |
Águia-calçada Hieraaetus fasciatus |
Aquila fasciata |
Franga-d'água-pequena Porzana pusilla |
Zapornia pusilla |
Tagaz Sterna nilotica |
Gelochelidon nilotica |
Gaivina-de-dorso-preto Sterna fuscata |
Onychoprion fuscatus |
Chilreta Sterna albifrons |
Sternula albifrons |
Andorinhão-real Apus melba |
Tachymarptis melba |
Peto-real Picus viridis |
Picus sharpei |
Picapau-galego Dendrocopos minor |
Dryobates minor |
Periquito-rabijunco Psitaculla kramerii |
Alexandrinus kramerii |
Calhandrinha-das-marismas Calandrella rufescens |
Alaudala rufescens |
Andorinha-dáurica Hirundo daurica |
Cecropis daurica |
Toutinegra-real Sylvia hortensis |
Curruca hortensis |
Papa-amoras Sylvia communis |
Curruca communis |
Toutinegra-tomilheira Sylvia conspicillata |
Curruca conspicillata |
Toutinegra-do-mato Sylvia undata |
Curruca undata |
Toutinegra-de-bigodes Sylvia cantillans |
Curruca cantillans |
Toutinegra-dos-valados Sylvia melanocephala |
Curruca melanocephala |
Chapim-de-poupa Parus cristatus |
Lophophanes cristatus |
Chapim-carvoeiro Parus ater |
Periparus ater |
Chapim-azul Parus caeruleus |
Cyanistes caeruleus |
Charneco Cyanopica cyanus |
Cyanopica cooki |
Verdilhão Carduelis chloris |
Chloris chloris |
Lugre Carduelis spinus |
Spinus spinus |
Pintarroxo Carduelis cannabina |
Linaria cannabina |