Recolha de dados

Os registos usados para mapear a distribuição e abundância das espécies foram obtidos no período que decorreu entre 2015 e 2021. Os dados tiveram várias origens: visitas sistemáticas realizadas seguindo um protocolo específico, que providenciam informação para cálculo da abundância relativa; registos não-sistemáticos resultantes de observações com código de nidificação associado; censos dirigidos.

Registo de evidências de nidificação (código de nidificação)

Durante as visitas foram anotados todos os comportamentos que indicassem evidências de nidificação, usando para isso os códigos da Tabela seguinte. Note-se que aquando das visitas sistemáticas não foi despendido demasiado tempo a tentar confirmar a nidificação, tendo sido usados os registos não sistemáticos para confirmar a nidificação das espécies. Foi retido o código de nidificação mais elevado para cada espécie por quadrícula.

Tabela com os códigos de nidificação

Não nidifica

  1. Espécie observada mas que, provavelmente, está em migração ou é visitante não nidificante.

A. Nidificação Possível

  1. Espécie observada em possível habitat de nidificação durante a época de reprodução
  2. Macho a cantar ou com outra vocalização de nidificante durante a época de reprodução

B. Nidificação Provável

  1. Casal observado durante a época de reprodução em habitat adequado à nidificação
  2. Território presumivelmente ocupado de forma permanente, comprovado através do registo de um macho em atitude de defesa de território (canto, etc.) em dois dias diferentes, com pelo menos uma semana de intervalo, e no mesmo local
  3. Cópula, corte ou parada nupcial
  4. Ave a visitar um local onde provavelmente existe um ninho
  5. Comportamento agitado ou ansioso de uma ave adulta
  6. Pelada de incubação observada com a ave na mão
  7. Construção de ninho ou cavidade

C. Nidificação Confirmada

  1. Ave desviando a atenção do observador
  2. Ninho usado recentemente ou cascas de ovos (do ano em que é feita a observação)
  3. Juvenil que deixou o ninho recentemente
  4. Adulto a entrar ou sair de um local onde existe um ninho, indicando que está ocupado (incluindo ninhos em sítios altos ou cavidades de difícil observação) ou adulto a incubar
  5. Adulto a transportar comida para os juvenis ou saco fecal
  6. Ninho com ovos
  7. Ninho com juvenis, vistos ou ouvidos

Visitas sistemáticas

O protocolo utilizado nas visitas sistemáticas consistiu na amostragem de seis tétradas (quadrículas de 2x2 km) dentro de cada quadrícula de 10x10 km.

Figura com o exemplo das tétradas por quadrícula

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Em cada tétrada foi realizado um percurso a pé, com a duração de 30 minutos, onde se tentaram amostrar os habitats mais representativos. Durante esse período foram contados todos os indivíduos observados visual e auditivamente, e registado o código de nidificação mais elevado para cada espécie. Recomendou-se que, em cada período de censo, as seis tétradas fossem visitadas no mesmo dia. No entanto, caso isso não fosse possível, deu-se a possibilidade de as visitar em qualquer outra altura, desde que dentro do calendário de censo definido (ver abaixo). Foi aconselhado que as visitas fossem realizadas em dias com condições meteorológicas favoráveis à deteção da maioria das espécies, evitando vento forte, chuva, temperaturas elevadas, etc. Nas nossas latitudes, isso geralmente implica que os censos se realizem, no período da manhã, até ao máximo de 4 horas após o nascer do sol e, à tarde, nas 3 horas antes do pôr-do-sol.

No decorrer das visitas, foi recomendado efetuar paragens no período de contagem, i) devido a condições meteorológicas adversas, ii) para procurar uma ave para correta identificação, ou iii) para contar uma colónia. Quando na tétrada existia, por exemplo, uma barragem com elevada concentração de aves, a contagem do tempo devia ser interrompida, para, com uma observação rápida, identificar as espécies presentes e estimar o número de indivíduos respetivo. Recomendou-se que este procedimento fosse expedito, pois o objetivo não era realizar contagens absolutas. Alertou-se ainda para a necessidade de, após uma paragem, retomar sempre a contagem do tempo antes de voltar ao percurso.

Pretendia-se que cada quadrícula do território nacional fosse alvo de uma ou, idealmente, duas visitas sistemáticas, com um intervalo mínimo de 30 dias entre si. A primeira visita, no arquipélago da Madeira e no continente a sul do rio Douro, decorreu entre 15 de março e 30 de abril, e a segunda entre 1 de maio e 30 junho. No arquipélago dos Açores e a norte do rio Douro os períodos de amostragem decorreram, respetivamente, entre 30 de março e 15 de maio, e 16 de maio e 15 de julho. Quando se revelou impossível fazer duas amostragens, foram aceites visitas sistemáticas únicas, desde que realizadas após 15 de abril (exceção para os territórios de altitude superior a 1 000 m onde o limiar foi definido para 1 de maio).

Registos não sistemáticos

Estes registos são fundamentais para completar a distribuição das espécies e, em muitos casos, para a confirmação da sua nidificação. Reconhecendo a importância desta fonte de informação, foi solicitado a todos os observadores ativos que prestassem especial atenção ao comportamento das aves e registassem as evidências de nidificação observadas.

Adicionalmente, identificou-se um conjunto de espécies para as quais se pediu um esforço acrescido na sua deteção. Estas espécies foram selecionadas por cumprirem uma ou várias das seguintes condições: (1) baixa probabilidade de deteção nas visitas sistemáticas, (2) distribuição conhecida, mas muito provavelmente incompleta (3) necessidade de confirmar tendências de expansão/retração da sua área de distribuição face ao atlas anterior, (4) necessidade de confirmar a regularidade de nidificação.

Tabela com as espécies para as quais se solicitou um esforço adicional para a sua deteção

Espécies

Pato-de-bico-vermelho Netta rufina

Chapim-de-mascarilha Remiz pendulinus

Zarro-comum Aythya ferina

Galhandrinha-galucha Calandrella brachydactyla

Pêrra Aythya nyroca

Cigarrinha-ruiva Locustella luscinioides

Pato-colhereiro Spatula clypeata

Felosa-pálida Iduna opaca

Frisada Mareca strepera

Felosinha-comum Phylloscopus collybita

Seixa Columba oenas

Felosa-de-papo-branco Phylloscopus bonelli

Andorinhão-cafre Apus caffer

Toutinegra-das-figueiras Sylvia borin

Andorinhão-pálido Apus pallidus

Toutinegra-real Curruca hortensis

Frango-de-água Rallus aquaticus

Toutinegra-tomilheira Curruca conspicillata

Camão Porphyrio porphyrio

Tordo-pinto Turdus philomelos

Abetouro Botaurus stellaris

Pisco-de-peito-azul Luscinia svecica

Garçote Ixobrychus minutus

Solitário Cercotrichas galactotes

Alcaravão Burhinus oedicnemus

Rabirruivo-de-testa-branca Phoenicurus phoenicurus

Abibe Vanellus vanellus

Cartaxo-nortenho Saxicola rubetra

Narceja-comum Gallinago gallinago

Chasco-preto Oenanthe leucura

Perna-vermelha-comum Tringa totanus

Chasco-ruivo Oenanthe hispanica

Gaivota-d’asa-escura Larus fuscus

Melro-azul Monticola saxatilis

Gaivina-dos-pauis Chlidonias hybrida

Taralhão-cinzento Muscicapa striata

Garajau- comum Sterna hirundo

Melro-d’água Cinclus cinclus

Bútio-vespeiro Pernis apivorus

Petinha-das-árvores Anthus trivialis

Tartaranhão-cinzento Circus cyaneus

Petinha-ribeirinha Anthus spinoletta

Gavião Accipiter nisus

Lugre Spinus spinus

Açor Accipiter gentilis

Cruza-bico Loxia curvirrostra

Torcicolo Jynx torquilla

Dom-fafe Pyrrhula pyrrhula

Picapau-galego Dryobates minor

Bico-grossudo Coccothraustes coccothraustes

Ógea Falco subbuteo

Escrevedeira-amarela Emberiza citrinella

Picanço-de-dorso-ruivo Lanius collurio

Sombria Emberiza hortulana

Chapim-carvoeiro Periparus ater

Escrevedeira-dos-caniços Emberiza schoeniclus

A obtenção de registos de aves noturnas (mochos e corujas, noitibós e algumas aves marinhas) necessitou de esforços adicionais de prospeção, devido à baixa probabilidade de deteção durante o horário padrão de amostragem sistemática. No caso das aves de rapina noturnas e noitibós foram implementadas as seguintes metodologias adicionais e complementares:

Censos dirigidos

Durante o período dos trabalhos de campo do atlas foram realizados censos dirigidos a algumas espécies (ver tabela), organizados por diversas entidades. A incorporação desses dados no atlas permitiu um maior conhecimento do tamanho real da população nidificante dessas espécies. Esses dados assumem ainda uma importância fundamental para a avaliação da categoria de ameaça, tendo sido abrangidas várias espécies ameaçadas.

O caso do arquipélago da Madeira

No caso particular do arquipélago da Madeira, decidiu-se incorporar neste atlas os dados do Atlas das Aves Nidificantes no Arquipélago da Madeira, com dados recolhidos entre 2008 e 2013, contribuindo para a qualidade e robustez dados da maioria das espécies para aquela região. A única exceção diz respeito ao roque-de-castro (Hydrobates castro), que por uma razão desconhecida não fazia parte da base de dados disponibilizada relativa a esse Atlas. O Atlas das Aves Nidificantes no Arquipélago da Madeira encontra-se disponível no seguinte website:

https://ifcn.madeira.gov.pt/biodiversidade/projetos/atlas-das-aves-nidificantes-no-arquipelago-da-madeira.html.

Tabela com os censos dirigidos

Espécies

Tadorna Tadorna tadorna

Garça-branca-pequena Egretta garzetta

Pato-de-bico-vermelho Netta rufina*

Galheta Gulosus aristotelis

Zarro-comum Aythya ferina*

Corvo-marinho Phalacrocorax carbo

Pato-colhereiro Spatula clypeata*

Alfaiate Recurvirostra avosetta*

Pombo-da-Madeira Columba trocaz*

Narceja-comum Gallinago gallinago

Cortiçol-de-barriga-preta Pterocles orientalis

Perdiz-do-mar Glareola pratincola*

Ganga Pterocles alchata

Gaivota-de-audouinii Larus audouinii

Camão Porphyrio porphyrio*

Gaivota de-patas-amarelas Larus michahellis

Sisão Tetrax tetrax

Chilreta Sternula albifrons

Abetarda Otis tarda

Tagaz Gelochelidon nilotica*

Calca-mar Pelagodroma marina

Gaivina-dos-pauis Chlidonias hybrida*

Roque-de-castro Hydrobates castro*

Garajau-rosado Sterna dougallii

Painho-de-monteiro Hydrobates monteiroi

Garajau-comum Sterna hirundo

Freira-do-bugio Pterodroma deserta

Airo Uria aalge

Freira-da-madeira Pterodroma madeira

Britango Neophron percnopterus

Cagarra Calonectris borealis

Grifo-comum Gyps fulvus

Fura-bucho-do-atlântico Puffinus puffinus*

Águia-imperial Aquila adalberti

Pintainho Puffinus lherminieri*

Águia-real Aquila chrysaetos

Alma-negra Bulweria bulwerii*

Águia-perdigueira Aquila fasciata

Cegonha-negra Ciconia nigra*

Águia-sapeira Circus aeruginosus*

Colhereiro Platalea leucorodia

Milhafre-real Milvus milvus

Íbis-preta Plegadis falcinellus

Rolieiro Coracias garrulus

Goraz Nycticorax nycticorax

Francelho Falco naumanni

Papa-ratos Ardeola ralloides

Gralha-de-bico-vermelho Pyrrhocorax pyrrhocorax

Carraceiro Bubulcus ibis

Calhandrinha-das-marismas Calandrella rufescens

Garça-real Ardea cinerea

Chasco-preto Oenanthe leucura

Garça-Vermelha Ardea purpurea

Priolo Pyrrhula murina

Garça-branca-grande Ardea alba

Submissão de registos online

Face à implantação que a plataforma online de registo de observações PortugalAves/eBird tem na comunidade ornitológica nacional, decidiu-se usar este recurso para a submissão e armazenamento de todos os registos para o atlas. Neste sentido, foi disponibilizado nessa plataforma, no separador onde se identifica o local das observações, um menu para selecionar qualquer tétrada do território nacional e criado um protocolo Atlas das Aves Nidificantes, específico para submissão de registos sistemáticos deste Atlas. Todos os registos inseridos fora deste protocolo foram considerados não-sistemáticos, e incorporados nos mapas produzidos, desde que as observações tivessem código de nidificação e fosse possível associar o registo à tétrada ou quadrícula.

As funcionalidades, e recursos, disponíveis na plataforma PortugalAves/eBird, em particular a rede de revisores regionais, permitiram efetuar uma primeira validação dos registos do atlas aí carregados. Apesar disso, houve a necessidade de proceder a um pré-tratamento dos dados antes da produção de mapas, nomeadamente no que diz respeito aos registos não-sistemáticos. Sobre estes foram tomadas as seguintes decisões:

  • incorporar as observações passíveis de serem associadas a uma quadrícula: observações pontuais, casuais e percursos (desde que a distância do ponto de observação ao centro da quadrícula fosse inferior a 5 km);
  • incorporar as listas submetidas no protocolo Atlas das Aves Nidificantes que correspondiam a observações não-sistemáticas;
  • excluir os registos com código de nidificação aplicado de forma incorreta.

Produção de mapas

A quadrícula de referência utilizada para o atlas foi a 10x10 km ETRS89 / LAEA Europe, seguindo as diretivas da Agência Europeia do Ambiente e em concordância com a opção tomada para o EBBA2 – Second European Breeding Bird Atlas. Esta foi uma alteração face à quadrícula usada no II Atlas das Aves Nidificantes de Portugal (quadrícula UTM), o que implicou ajustes aos dados anteriores para que fosse possível fazer uma comparação entre atlas.

No âmbito deste atlas foram produzidos três tipos de mapas: (1) mapas de distribuição com categoria de nidificação Possível, Provável ou Confirmada, (2) mapas de abundância e (3) mapas de comparação com o II atlas.

Os mapas de distribuição foram produzidos com a informação resultante das observações com código de nidificação, independentemente de serem registos sistemáticos, não-sistemáticos ou obtidos em censos dirigidos. Por quadrícula foi considerado o código de nidificação mais elevado, para cada espécie, no período 2015-2021.

Sempre que possível, produziram-se mapas de abundância relativa para cada espécie. Os registos sistemáticos foram a base destes mapas, visto serem padronizados e permitirem a comparação entre quadrículas para a mesma espécie. A abundância relativa é representada numa escala qualitativa referente à probabilidade de a espécie ser observada em determinada quadrícula, baseada no número de tétradas em que a espécie foi registada face ao total de tétradas amostradas. No entanto, nem sempre houve dados suficientes para representar a abundância de algumas espécies, razão pela qual nem todas têm estes mapas. Por outro lado, para algumas espécies, alvo de censos dirigidos, foi possível realizar mapas de abundância com base no número de efetivos. Essas espécies foram: tadorna, sisão, colhereiro, íbis-preta, garça-vermelha, garça-real, carraceiro, garça-branca-pequena, garça-branca-grande, goraz, galheta, corvo-marinho, gaivota-d’asa-escura, gaivota-de-patas-amarelas, garajau-rosado, garajau-comum, grifo, rolieiro, francelho e priolo.

Para a comparação entre atlas, foi necessário transpor os dados originais para a quadrícula atual, utilizando para isso o centroide da quadrícula UTM. Este ajuste permitiu a sobreposição entre os dois atlas, sendo possível ter a perceção à escala nacional das diferenças na distribuição de cada espécie. A transposição dos dados antigos criou, para algumas espécies, diferenças pontuais ao nível da quadrícula, o que é um artifício da diferença de projeção e pode não corresponder realmente a uma ausência ou nova presença. Nestes casos, e sempre que essas diferenças se observaram no interior da área de distribuição continua da espécie, assumiu-se que não eram verdadeiras ausências e homogeneizou-se a distribuição (Figura 1 e 1a).

Figuras 1 e 1a
Figuras 1 e 1a – Mapa de comparação da distribuição do Melro Turdus merula entre o II e o III Atlas das Aves Nidificantes em Portugal, antes e depois da homogeneização da distribuição.

Conceitos, taxonomia e nomenclatura

O total das espécies registadas durante o projeto foi separado em espécies “nativas” e “não-nativas”. Foram consideradas como nativas todas aquelas espécies que ocorrem naturalmente no território nacional ou que aí apresentam populações autossustentadas desde tempos históricos. Foram consideradas não-nativas todas as espécies que foram introduzidas voluntária ou involuntariamente por ação humana.

Por outro lado, foram consideradas como nidificantes todas as espécies de aves para as quais:

  • foi confirmada a nidificação durante o período de trabalho de campo em pelo menos dois anos diferentes, no caso de espécies nativas, ou em duas quadrículas diferentes no caso de espécies não-nativas;
  • se sabe terem nidificado no passado e para as quais foi obtido pelo menos um registo de nidificação possível ou provável.

No que diz respeito à taxonomia, foram seguidas as recomendações da BirdLife International (HBW and BirdLife International 2022 http://datazone.birdlife.org/species/taxonomy), tendo sido abandonada a classificação adotada no atlas anterior. Esta opção traduz-se na prática numa série de alterações, que resultaram quer no desaparecimento de ordens anteriormente utilizadas, quer em transferências de espécies para ordens novas que não constavam no anterior atlas. Essas mudanças também se refletem na sequência pela qual as ordens são apresentadas e, por vezes, em rearranjos ao nível da sequência pela qual as famílias surgem dentro de cada ordem. Em termos da composição das ordens, as principais alterações são as seguintes:

  • os andorinhões anteriormente colocados numa ordem própria (Apodiformes) passaram a estar incluídos na ordem Caprimulgiformes;
  • a abetarda (Otis tarda) e o sisão (Tetrax tetrax) que estavam na ordem Gruiformes passaram a estar numa ordem própria denominada Otidiformes;
  • as íbis, os colhereiros e as garças deixaram de pertencer à ordem Ciconiiformes e passaram a fazer parte da ordem Pelecaniformes;
  • os corvos-marinhos que estavam na ordem Pelecaniformes passaram a estar incluídos na ordem Suliformes;
  • a poupa (Upupa epops) que estava na ordem Coraciiformes passa a estar incluída na ordem Bucerotiformes.

No quadro abaixo apresenta-se a sequência pela qual as ordens foram apresentadas no atlas anterior e a sequência pela qual as ordens são apresentadas no atlas atual (incluindo as novas ordens).

Ordens e sequência utilizadas no II atlas

Ordens e sequência utilizadas no III atlas

Anseriformes

Galliformes

Galliformes

Anseriformes

Podicipediformes

Podicipediformes

Procellariiformes

Phoenicopteriformes

Pelecaniformes

Columbiformes

Ciconiiformes

Pteroclidiformes

Accipitriformes

Caprimulgiformes

Falconiformes

Cuculiformes

Gruiformes

Gruiformes

Charadriiformes

Otidiformes

Pteroclidiformes

Procellariiformes

Columbiformes

Ciconiiformes

Cuculiformes

Pelecaniformes

Psittaciformes

Suliformes

Strigiformes

Charadriiformes

Caprimulgiformes

Strigiformes

Apodiformes

Accipitriformes

Coraciiformes

Bucerotiformes

Piciformes

Coraciiformes

Passeriformes

Piciformes

Falconiformes

Psittaciformes

Passeriformes

As mudanças abrangeram também a nomenclatura das espécies, não só porque houve subespécies que foram promovidas ao estatuto de espécies, como também se verificou uma grande quantidade de acertos na terminologia. No total essas mudanças tiveram impacto em 31 espécies (ver quadro abaixo).

Nomenclatura usada no II atlas

Nomenclatura usada no III atlas

Frisada Anas strepera

Mareca strepera

Marreco Anas querquedula

Spatula querquedula

Pato-colhereiro Anas clypeata

Spatula clypeata

Freira-do-bugio Pterodroma feae

Pterodroma deserta

Cagarra Calonectris diomedea

Calonectris borealis

Roque-de-castro Oceanodroma castro

Hydrobates castro

Galheta Phalacrocorax aristotelis

Gulosus aristotelis

Águia-calçada Hieraaetus fasciatus

Aquila fasciata

Franga-d'água-pequena Porzana pusilla

Zapornia pusilla

Tagaz Sterna nilotica

Gelochelidon nilotica

Gaivina-de-dorso-preto Sterna fuscata

Onychoprion fuscatus

Chilreta Sterna albifrons

Sternula albifrons

Andorinhão-real Apus melba

Tachymarptis melba

Peto-real Picus viridis

Picus sharpei

Picapau-galego Dendrocopos minor

Dryobates minor

Periquito-rabijunco Psitaculla kramerii

Alexandrinus kramerii

Calhandrinha-das-marismas Calandrella rufescens

Alaudala rufescens

Andorinha-dáurica Hirundo daurica

Cecropis daurica

Toutinegra-real Sylvia hortensis

Curruca hortensis

Papa-amoras Sylvia communis

Curruca communis

Toutinegra-tomilheira Sylvia conspicillata

Curruca conspicillata

Toutinegra-do-mato Sylvia undata

Curruca undata

Toutinegra-de-bigodes Sylvia cantillans

Curruca cantillans

Toutinegra-dos-valados Sylvia melanocephala

Curruca melanocephala

Chapim-de-poupa Parus cristatus

Lophophanes cristatus

Chapim-carvoeiro Parus ater

Periparus ater

Chapim-azul Parus caeruleus

Cyanistes caeruleus

Charneco Cyanopica cyanus

Cyanopica cooki

Verdilhão Carduelis chloris

Chloris chloris

Lugre Carduelis spinus

Spinus spinus

Pintarroxo Carduelis cannabina

Linaria cannabina