- Classificação
- Continente: Nativa
- Fenologia
- Continente: Migradora nidificante
- Tendência Populacional
- Continente: Aumento
- Tendência de Distribuição
- Continente: Estável
- Estimativa Populacional
- Continente: 738 - 793 casais
Mapa de Distribuição
Legenda
Nidificação
- Confirmada
- Provável
- Possível
Mapa de Abundância
Legenda
Frequência
de Ocorrência
- Maior
-  
-  
-  
-  
- Menor
Mapa de Comparação com o Atlas Anterior
Legenda
Nidificação
- III Atlas
- Ambos
- II Atlas
Descrição
A distribuição do francelho está limitada ao Alentejo, onde ocorre preferencialmente em áreas agrícolas associadas ao cultivo extensivo de cereais de sequeiro. Os habitats de caça incluem áreas abertas ocupadas por searas, restolhos, pousios ou pastagens exploradas em regime pouco intensivo. Evita áreas florestais e matos densos. Na peneplanície alentejana, os francelhos nidificam em ninhos artificiais disponibilizados para a espécie e construções humanas desabitadas e votadas ao abandono, maioritariamente em taipa, onde usam cavidades nas paredes fendidas ou pequenas depressões debaixo de telha. Podem nidificar isoladamente, mas geralmente formam colónias (até 80 casais).
O francelho é claramente mais abundante no Baixo Alentejo, onde a Zona de Proteção Especial de Castro Verde concentra cerca de 75% da população nacional.
Relativamente ao anterior atlas, a área de distribuição parece manter-se relativamente estável, tendo o efetivo populacional registado um aumento: em 2005, foram estimados 480 a 484 casais (Equipa Atlas 2008), em 2007 527-552 casais (Catry et al. 2009) e em 2017 a população rondaria os 800 casais (I. Catry). O aumento mais significativo observou-se na ZPE de Castro Verde onde a disponibilização de locais de nidificação no âmbito de projetos de conservação parece ter tido um papel crucial (Gameiro et al. 2020). Pelo contrário, na região de Évora, uma das principais zonas históricas de ocorrência da espécie, o francelho quase desapareceu, estando o seu declínio relacionado com as drásticas alterações do uso do solo na região, como a conversão das áreas de cultivo extensivo de sequeiro para olival e amendoal.
Inês Catry
Referências bibliográficas
Catry I, Alcazar R, Franco AMA, Sutherland WJ (2009) Identifying the effectiveness and constraints of conservation interventions: a case study of the endangered lesser kestrel. Biological Conservation 142: 2782-2791.
Gameiro J, Franco AMA, Catry T, Palmeirim JM, Catry I (2020) Long-term persistence of conservation-reliant species: challenges and opportunities. Biological Conservation 243: 108452.
Distribuição
Mundial

Distribuição
Europeia
