Delichon urbicum

Descrição

A andorinha-dos-beirais está fortemente associada à presença humana nidificando predominantemente em construções humanas, sejam beirais de casas de habitação e edifícios públicos, barragens, pontes ou viadutos, embora possa também ser vista a nidificar em fragas. É mais frequente em espaços urbanos de pequena a média dimensão, mas ocorre igualmente em grandes cidades. Durante a época de reprodução parece alimentar-se no espaço urbano da vizinhança das colónias e na envolvente rural destes aglomerados urbanos. Distribui-se por todo o território continental apresentando apenas algumas descontinuidades. A espécie não nidifica nos arquipélagos da Madeira e Açores embora ali possa ser observada durante as passagens migratórias.

Parece ser mais abundante a Norte do rio Tejo, sendo aí que se registaram mais quadrículas com valores elevados de abundância.

Ao longo dos últimos quarenta anos não se registaram alterações relevantes na sua distribuição conforme evidenciado pela informação disponibilizada pelos dois Atlas anteriores (ver Rufino 1989). As zonas onde a espécie parece ser mais abundante, o Centro Oeste e a orla costeira do Algarve, parecem manter-se quando se comparam os dois últimos atlas. No entanto, para o resto do país é difícil identificar uma tendência dada a forma irregular como a abundância se distribui.

Rui Rufino e Renato Neves

Os autores não seguem o Acordo Ortográfico de 1990

Referências bibliográficas

Rufino R (coord) (1989) Atlas das Aves que Nidificam em Portugal Continental. CEMPA/SNPRCN, Lisboa.