Espécies

Asio otus

Nome Comum
bufo-pequeno
Ordem
STRIGIFORMES
Família
Strigidae
Outros Nomes
mocho * (Açores)
Asio otus - Ilustração
Classificação
Continente: Nativa Açores: Nativa
Fenologia
Continente: Residente Açores: Residente
Tendência Populacional
Continente: Incerta Açores: Diminuição
Tendência de Distribuição
Continente: Aumento Açores: Aumento
Estimativa Populacional
Continente: 200 - 1000 casais Açores: 149 - 244 casais

Mapa de Distribuição

Legenda

Nidificação

  • Confirmada
  • Provável
  • Possível

Mapa de Comparação com o Atlas Anterior

Legenda

Nidificação

  • III Atlas
  • Ambos
  • II Atlas

Descrição

O bufo-pequeno é uma espécie sobretudo residente, de hábitos extremamente discretos e de muito difícil deteção. A distribuição obtida no atlas é descontínua e fragmentada, de norte a sul do território continental. No entanto, é provável que a sua área de ocorrência seja muito mais ampla. Nos Açores, os bufos-pequenos encontram-se bem distribuídos pelos grupos oriental e central. A espécie ocorre também na ilha de São Jorge (C. Pereira, com. pess.), onde não foi detetada nos trabalhos do atlas. Da mesma forma, escutas e observações recentes (2019 e 2020) de juvenis em dois locais na ilha da Madeira (Van Bemmelen et al. 2020) e em três locais em Porto Santo (Gheorghiu et al. 2021, Pestana et al. 2021), constituem fortes indícios de que a espécie também poderá nidificar naquele arquipélago. Ocorre numa grande diversidade de habitats florestais, como pinhais, eucaliptais, montados de sobro e azinho, carvalhais e galerias ripícolas, com diferentes densidades de árvores. A existência de áreas abertas nas proximidades será também um fator preferencial, uma vez que os bufos-pequenos caçam muitas vezes em voo (Emin et al. 2018).

A distribuição em Portugal Continental parece indicar a existência de agregados locais em que a abundância será maior, tornando mais provável a deteção da espécie. Estes agregados distribuir-se-ão, possivelmente, de forma heterogénea pelo país.

O número total de quadrículas com ocorrência foi semelhante entre o presente atlas e o anterior, embora a sua distribuição tenha variado de forma marcada. As dificuldades de deteção da espécie traduzem-se também no desconhecimento existente sobre a tendência populacional em Portugal (incerta; GTAN-SPEA 2021) e em Espanha (estável-incerta; Escandell & Escudero 2021).

GTAN (Ricardo Tomé, Rui Lourenço e Inês Roque)

Referências bibliográficas

Emin D, Toxopeus AG, Groen TA, Kontogeorgos I (2018) Home Range and Habitat Selection of Long-Eared Owls (Asio otus) in Mediterranean Agricultural Landscapes (Crete, Greece). Avian Biology Research 11(3):204-218.

Escandell V, Escudero E (2021) Noctua – Tendencia de las aves nocturnas. SEO/BirdLife. Programas de Seguimiento de Avifauna y grupos de trabajo de SEO/BirdLife 2020, pp. 20-23. SEO/BirdLife. Madrid.

Gheorghiu AR, Dias V, Valkenburg T, Ashok K (2021) First record of Long-eared Owl (Asio otus) on the island of Porto Santo, Portugal. Airo 28: 13-19.

GTAN-SPEA (2021) Relatório do Programa NOCTUA Portugal (2009–10 - 2020/21). Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Lisboa (relatório não publicado).

Pestana N, Andrade A, Fagundes AI, Rodrigues N (2021) Long-eared Owls breeding on Porto Santo, Madeira, in July 2020. Dutch Birding 43: 39-41.

Van Bemmelen R, Teunissen W, Lagerveld, S (2020) Long-eared Owls breeding on Madeira in 2019 – Recent colonisation or never discovered population? Dutch Birding 42: 75-80.

Distribuição
Mundial

Mapa de Distribuição Mundial

Distribuição
Europeia

Mapa de Distribuição Europeia