Espécies

Ardea purpurea

Nome Comum
garça-vermelha
Ordem
PELECANIFORMES
Família
Ardeidae
Ardea purpurea - Ilustração
Classificação
Continente: Nativa
Fenologia
Continente: Migradora nidificante
Tendência Populacional
Continente: Aumento
Tendência de Distribuição
Continente: Diminuição
Estimativa Populacional
Continente: 762 casais

Mapa de Distribuição

Legenda

Nidificação

  • Confirmada
  • Provável
  • Possível

Mapa de Abundância

Legenda

Frequência
de Ocorrência

  • Maior
  •  
  •  
  •  
  •  
  • Menor

Mapa de Comparação com o Atlas Anterior

Legenda

Nidificação

  • III Atlas
  • Ambos
  • II Atlas

Descrição

É uma espécie que ocorre sobretudo em zonas húmidas, junto ao litoral, de norte a sul do território continental. Está ausente dos Açores e da Madeira. Como suporte para instalar os ninhos, utiliza habitualmente caniçais, mas também árvores ou arbustos localizados em pauis, lagoas costeiras, açudes e outras zonas húmidas. Embora possa formar colónias de dimensões razoáveis, também nidifica em pequenos núcleos isolados, com dois ou três casais, ou ainda em associação com outros ardeídeos. Tem um comportamento menos conspícuo que a generalidade das outras espécies de garças.

O efetivo reprodutor tem-se mantido estável na última década, sendo a espécie mais abundante na região centro (Encarnação 2014). No entanto, quando comparado com os resultados do censo realizado em 2000, (Equipa Atlas 2008), o efetivo reprodutor conheceu um incremento de 100%.

A sua distribuição no território nacional sofreu uma alteração significativa, quando comparada com a situação obtida no censo de 2000 (Equipa Atlas 2008). Com efeito, desapareceu, como reprodutora, de grande parte do sul do país e a maioria do efetivo está atualmente localizado sobretudo a norte da bacia do Tejo, nomeadamente nas bacias hidrográficas do Mondego e do Vouga. A sua maior especialização ecológica, incluindo a grande dependência de habitats dulçaquícolas, poderá em parte explicar este facto. Isto porque alterações no regime pluviométrico - nomeadamente menos precipitação e uma maior irregularidade - que se têm feito sentir de forma agravada no a sul do Tejo, bem como uma muito maior retenção de água em açudes e barragens, têm efeitos diretos nesses habitats, quer nas áreas de nidificação, quer nas de invernada (Zwarts et al. 2009).

Vítor Encarnação

Referências bibliográficas

Equipa Atlas (2008) Atlas das Aves Nidificantes em Portugal (1999-2005). Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Parque Natural da Madeira e Secretaria Regional do Ambiente e do Mar. Assírio & Alvim, Lisboa.

Zwarts L, Bijlsma RG, van der Kamp J, Wymenga E (2009) Living on the Edge: Wetlands and Birds in the Changing Sahel. KNNV Publishing, Zeist, The Netherlands.

Encarnação V (2014) Relatório do Projeto de Monitorização das espécies de aves aquáticas coloniais – 2014. ICNF, Lisboa.

Distribuição
Mundial

Mapa de Distribuição Mundial

Distribuição
Europeia

Mapa de Distribuição Europeia