Accipiter nisus

Descrição

Ocorre em grande parte do território continental, estando ausente sobretudo das planícies e áreas abertas do Alentejo e de vastas áreas do interior norte. O gavião tem uma distribuição mais alargada a norte do Tejo, onde se encontram as áreas florestais de alguma densidade arbórea preferidas por esta espécie. A presença do gavião escasseia em direção ao interior, mais árido e de manchas florestais mais esparsas. Distribui-se praticamente por toda a ilha da Madeira, onde ocorre a subespécie A. n. granti.

Trata-se de uma ave de rapina que deverá ser seguramente mais abundante a norte do Tejo, do que na metade meridional do território continental, onde é escassa. No geral assim, não é uma espécie abundante, mas pode ser localmente comum em algumas zonas montanhosas a norte do sistema Montejunto-Estrela.

Quase metade da área em que o gavião foi detetado corresponde a uma adição face ao anterior atlas. Por outro lado, verifica-se que o gavião desapareceu de um número elevado de quadrículas, embora não tão elevado como o número de novas quadrículas em que foi registado. A tendência espacial desta espécie é assim de uma evidente expansão. Saliente-se que uma parte importante das áreas de onde esta espécie desapareceu está relacionada com os extensos povoamentos mono-específicos do interior e litoral centro, zonas estas frequentemente devastadas por incêndios.

Alexandre Leitão